
Eu acordava e a primeira coisa a fazer era pegar no móvel para te mandar uma sms de bom dia, ia lavar os dentes levava o móvel atrás para te responder à mensagem que me mandaras, ia almoçar em família, parava para te mandar uma sms…bem resumindo:
Vivíamos em função um do outro e abdicamos de tudo o que tínhamos na vida pela nossa relação.
Mas não pode ser assim, nada resulta assim, deslumbramo-nos com o bom que tínhamos, com o brilho e a magia que a nossa relação continha que nos afastamos e isolamos de tudo o resto que outrora nos fazia felizes e nos ocupava o tempo e a vida.
Amigos? Perdi metade deles, ou talvez seriam apenas conhecidos. Mas os conhecidos também fazem falta, também são necessários para quando queremos dizer nem que seja apenas ‘Olá’. Deixei de falar com todas as raparigas que eram minhas amigas pois sabia que te magoava, devido aos ciúmes.
Ciúmes?! Foi daí que derivou tudo. Mas esse é o assunto que hoje não estou disposto para abordar.
Desculpa-me, mas hoje essa já não eh a relação que procuro.
Essa já não é a minha maneira de nos ver juntos.
Quero conhecer a outra. Quero viver a outra.
Quero acordar e mandar-te sim uma mensagem com toda a alegria de «bom dia» , mas quero depois ir lavar os dentes e comer em família com toda a harmonia, sem que fiques chateado ou aborrecido, sem que morras sem saber de mim, tal como eu a ti, confesso.
Quero aquele espaço, aquele tempo para nós, pois todos precisamos do nosso cantinho, do nosso tempo a sós. Pois não há dias iguais.
Mas isto, só se consegue com confiança. Confiança um no outro, confiança na relação, que durou muito mais que uma semana ou um mês.
Quero conseguir deixar-te sair à noite com os teus amigos, deixar-te divertir, deixar-te sorrir e ficar em casa a pensar que estás bem, que tudo está bem, que voltas para mim mais tarde, que me amas, que não fazes nada que me possa magoar.
Quero conseguir fazer isto. Para isto é necessária confiança.
E disposição por parte dos dois. Consegues fazer isto? Alguma vez pensas-te assim?
Acho que não.
Tenho pena é de todos os planos feitos por nós serem desfeitos por todas as nossas atitudes fúteis e constantes. Todos os sonhos que construímos juntos, desfeitos por termos feitios e personalidades pouco fáceis, juntamente com orgulhos e teimosias persistentes. Tenho pena de tudo isto. Pois tu bem sabes o que sentia por ti, o que era capaz de fazer por ti, aonde ia por ti…
Aonde poderíamos ter ido senão fossem estas nossas falhas.
Gritas, eu grito, dizemos coisas más um ao outro, mas eh tudo por estarmos magoados, no momento. Pois no fundo não eh o que pensamos, não eh o que queremos.
E depois quando nos apercebemos disso, já é tarde, e só nos vamos afastando ainda mais… Admito todas as minhas falhas, admito todos meus erros, admito que nem sempre fui a melhor pessoa, admito que por vezes não mereço metade do que fazes por mim…
Mas não me podes dizer que não te valorizo. Não podes, não deixo, não, isso eu não admito…
Tu bem sabes o que por ti fiz, todos os dias acordava e deitava-me a pensar em ti, e numa maneira de te agradar, de te pôr um sorriso, uma forma de te fazer feliz.
Todos e todos os dias eu vivia por ti. Nada fazia sem ti. Eu vivia por ti…
As poucas ou muitas coisas que por mim fizeste acredita que valorizei, e resultado disso sempre foi a minha felicidade. Tu bem sabes…
Aquele sorriso que eu manifestava era sempre verdadeiro, sempre o espontâneo.
Era teu.
Acreditei em ti, confiei em ti e dei-te mesmo tudo o que havia em mim…se foi pouco ou nada eu não sei.
Sempre me pedis-te para te entender, para tentar compreender a tua maneira de ver as coisas, a vida. E mesmo que a tua perspectiva fosse diferente da minha eu tentava sempre te perceber, tentava-te entender e respeitar, pois essa era a tua opinião e tens todo o direito a-a manifestar.
Mas eu também tenho direito a discordar, também tenho uma opinião a dar. E desculpa mas no meu ponto de vista é aqui que tu falhas.
Penso que nunca foste capaz de me ouvir ate ao fim, me tentar perceber ou mesmo respeitares a minha opinião. Eras sempre tu, só tu. Apenas a tua maneira é que era a correcta, eu só te tinha que ouvir, compreender e sorrir.
Mas não podia ser assim, eu gosto do diálogo, gosto da conversa, gosto de debates, gosto que fales comigo, mas também gosto de falar. Se queres que eu ouça e compreenda tens que saber também ouvir.
Mas pronto, isto não passam de meros obstáculos, que se vão corrigindo com o passar do tempo…
Falas também em apontar culpas a um de nós, dizes que eu e apenas eu é que te culpo de tudo o que está de errado connosco, quando algo corre mal eu culpo-te e deixo-te ainda pior…
Face a isto pouco tenho eu a dizer, esta é apenas a tua maneira de ver, as coisas, talvez em diversas situações eu te tenha apontado o dedo e tenha falado contigo dizendo-te que não gostei disto ou daquilo e que gostava que fosse diferente.
Mas tal como eu, foste tu…
isto é só mais uma daquelas coisas que faz parte.
E agora é aqui que eu tenho algo de mais para dizer.
‘Mas fartei, fartei que me atires na cara que eu te afaste dos teus amigos e eh se posso lhes chamar isso, apenas te tento abrir os olhos mas tu? Nunca percebes, percebes toda a gente menos a mim que fui a 1 a confiar em ti fui a 1 a dizer ' não ele eh perfeito não eh nenhum cabrão fui a 1 a dar-te a mão agora Bruno? Nem valor das a isso. Tentei sabes? Tentei tantas vezes, mas vês mal em tudo, o que eu faço? Esta sempre tudo mal... Pode ser que os teus amigos façam melhor ‘·
Durante sensivelmente 8 meses em que partilhei toda a minha vida contigo, isto não foi assim. Nada era assim.
Eu viva por ti, só te via a ti, morria por ti.Desculpa mas é melhor assim... se feliz...
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